“Eu só faço o que gosto. Acontece que eu gosto do que o povo gosta. Nosso
gosto é muito compatível. Agora, de um modo geral, a crítica não gosta. Nunca concordei com aqueles críticos que dizem que meus discos são sempre iguais. Se você olhar o meu trabalho de 45 anos, vai notar que é variado. Não são variações
bruscas, de grande impacto. Teve iê-iê-iê, rock’n’roll, música romântica.
Tem uma variedade, sempre dentro do meu jeito. Os temas também. Tratei de
assuntos das minorias, a gordinha, a baixinha. Os ritmos que eu tenho usado,
também. Uso o fox, por exemplo. Poucos usam, porque não é comercial. Tudo tem sua época, e eu me preocupo logicamente com o limite do ridículo. Não vou fazer uma coisa só para estar dentro dessa onda”.

ROBERTO CARLOS, EM ENTREVISTA NO HOTEL CAESAR PARK DE IPANEMA, 2004.

PUBLICIDADE
AnteriorEXCLUSIVO: Juca Ferreira fala
PróximoARTE CONTRA O GUINCHO
Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA REPOSTA

Por favor, deixe seu comentário
Por favor, entre seu nome